Agradar para receber

Mas que saco essa mania que o ser humano adquiriu de agradar alguém para receber o que lhe é de direito. Vou explicar o causo:

No Skoob existe um sistema de trocas de livros. Você coloca um livro seu para troca e quem está procurando esse título solicita e te dá um credito por ele - É como se fosse um dinheiro próprio do site.

Com esse credito você solicita o livro de outra pessoa que colocou na troca e por aí vai! 

Eu tenho feito muitas trocas por lá e gosto muito, mas de vez em quando aparece um chato que resolve dar trabalho.

O problema é que o chato da vez tem o décimo livro de uma coleção cobiçada e raramente encontrarei novamente para troca, e provavelmente a pessoa que aceitou me mandar o livro sabe disso e tá me enrolando! 

Ela vai mandar, mas no tempo dela e não no tempo certo do regulamento de trocas do site e eu nem preciso dizer que estou angustiada para completar minha coleção né?  Por esse motivo preciso agradá-la quando na verdade quero gritar com ela! 

Sim, se ela se encher de mim e fizer a linha chata, ela pode cancelar nossa troca, assim como eu posso me cansar de esperar e cancelar também!

MAS EU QUERO O MALDITO LIVRO!

O mesmo acontece em restaurantes e bares. Nós ficamos com medo de reclamar com o garçom da demora ou do péssimo atendimento, porque ele pode cuspir no seu pedido e você NUNCA saberá!

Nem podemos reclamar que o veículo da frente está lento demais e bloqueando a passagem, porque se ele se irritar pode ir mais devagar ainda ou quem sabe pode tirar uma BASUCA do carro e matar você e tua família! 

POXA é direito meu tudo isso! Quero exigir sem medo, sem correr risco de consequências, queria poder confiar que as pessoas seguirão as regras! 

Agora voltando ao SKOOB, acho que se a pessoa não consegue se adequar as regras das trocas deve se retirar, porque alguns usuários como eu, se dão bem por lá e não curte sair do esquema. 

Queria que as pessoas entendessem que TODOS nós temos direitos iguais e que sem educação, que é primordial sempre, nada vai pra frente, nem uma mísera troca de livros e muito menos o transito de uma grande cidade!