[Livro X Filme] Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?

Que nome, não é mesmo? Mas tem tudo a ver com a história!

Bem, essa obra foi um presente da minha amiga e parceira no Clube da Leitura, Carla Ceres e foi a minha introdução ao mundo das ficções científicas.

Preciso dizer já de antemão que esse gênero não é dos meus preferidos em leitura, mas gosto muito dos filmes. Acho que nesse caso me torno uma pessoa muito mais visual do que imaginativa.

MAS - e aqui digo um grande "MAS"- a adaptação dessa história nos anos 80 chamada de BLADE RUNNER, não atingiu o que eu esperava, mesmo contando com grandes nomes como o ator Harrison Ford que na época atuava como Han Solo em Star Wars e Indiana Jones que foram sem dúvida alguma um marco no cinema. Além do incrível Ridley Scott  na direção,  responsável por Alien e Gladiador.

A maioria das pessoas conhece o filme por esses dois grandes motivos que citei acima (Elenco), mas não ouviram sequer o nome original da adaptação escrita por Philip K. Dick que também é criador de livros como O Vingador do Futuro e Minority Report que foram também adaptados (com maestria, em minha opinião).

Mas essas são opiniões particulares. Sei de legiões de fãs de ficção que me enforcariam em praça publica ao ler esse post, mas de fato, achei muita estrela para pouco céu nesse caso. Vamos voltar ao livro:

Androides sonham com ovelhas elétricas? conta uma história futurista onde os androides se parecem muito conosco, embora estejam proibidos no planeta Terra, pois o homem já colonizou outros planetas e é lá que eles são usados.

Daí surge os dois problemas centrais da obra, como invasão de androides no planeta Terra e o mais legal de tudo: A extinção de várias espécies de animais após uma grande guerra nuclear.

Os humanos começam a desejar furiosamente um animal legítimo, pois isso lhes trás status ao passo que possuir um animal artificial (quase um animal androide) é uma vergonha e não enaltece em nada.

Rick Dechard (um dos protagonistas) é um caçador de androides na Terra que possui uma ovelha elétrica (artificial) e sonha com uma verdadeira.

Em paralelo a isso, acompanhamos Isidore (Cabeça de galinha) que habita uma parte abandonada da cidade e acaba conhecendo um grupo de androides que conseguiu fugir e chegar ao planeta Terra.

Diversas vezes o livro me pareceu um prelúdio do futuro de nosso planeta, principalmente quando falava sobre os animais. A destruição e a busca de novas fontes de energia e tal. (Já falei que amo distopias e essa é a rainha delas).

Em comparação ao filme, gostaria de ressaltar que não sou daquelas fanáticas que PRE-CI-SAM de cenas idênticas nas adaptações, até tolero mudanças e sei que são necessárias, mas essa, em questão, foi demais e vou falar apenas de um aspecto que me desagradou para não ficar cansativo:

Os animais quase não são citados no filme e quando são, entram no entendimento somente de quem leu a obra. Isso é péssimo, porque mais da metade da população nunca nem ouviu falar do livro! (Apesar de que fãs dessa obra certamente sabem de onde ela veio) mas o cinema não pode ser tão restrito assim, certo?

Agora vou elogiar um pouco o livro que foi relançado pela Editora Aleph, com o diferencial de conter nas últimas páginas, uma entrevista traduzida de Philip K. Dick (que infelizmente faleceu em 1982, apenas alguns meses antes do lançamento do filme Blade Runner).

Nessa entrevista ele deixa claro vários aspectos que gostou da adaptação (e eu fico me perguntando se ele continuaria achando isso se tivesse VISTO o filme todo).

Enfim, esse livro é, com certeza, leitura obrigatória para qualquer fã de ficção científica, mas a adaptação não é para qualquer um.

Gostaria de agradecer à Carla Ceres (que anda aparecendo demais nesse blog kkk) por ter me apresentado esse gênero. Foi o primeiro que li de ficção científica e mesmo não tendo entrado para a prateleira dos meus favoritos, considero uma excelente estreia! \0/