Levantando uma bandeira

Hoje quero falar sobre Drag Queens e quero aproveitar para levantar uma bandeira aqui, esclarecendo bem nitidamente o que eu acho dessa pequena massa detonada pelos mais conservadores e o que acho dos detonadores (rs).

Esses dias eu comecei a acompanhar uma série bem interessante: RuPaul Drag Racer.


Para quem não conhece, é um reality show de Drag Queens comandada pela RuPaul, uma celebridade nesse meio e vou dizer, não morria de rir tanto há muito tempo. Os episódios são hilários e animados até o topo!

Como qualquer reality, os episódios são terminados em uma eliminação e a cada semana uma Drag é mandada embora perdendo a chance de ganhar um prêmio deslumbrante. Gente é muito bom.

Mas o que me fez vir aqui escrever além é claro, de recomendar um bom show para vocês? É que no decorrer do programa vamos conhecendo mais de cada um daqueles rapazes que se transformam em mulheres incríveis e descobrimos que existe muito mais do que purpurina e tecidos vibrantes em sua trajetória.

A luta pelo reconhecimento, pelo direito de se sentir “normal” em uma sociedade endurecida, a dor da rejeição, na maioria das vezes, pela sua própria família e muitas outras coisas é só a base em que crescem, mas o que me tocou muito mais foi a insegurança que sentem antes de se transformarem.

Todos parecem desconfortáveis quando precisam interagir no palco ou em qualquer outra prova, se não estão “transformados” e isso é muito interessante de observar, porque dá para ver claramente que aquelas roupas é uma redoma de proteção para eles. É divertido, mas é triste, não acham?

No último episódio que assisti, eles precisavam cantar uma música para eliminação e tinham um dia todo para ensaiar com uma cantora profissional. O ensaio foi um desastre, todos gaguearam, ficaram vermelhos, sem jeito, acuados e apavorados, mas quando a hora da apresentação chegou e todos já estavam vestidos com suas perucas lindas e maquiados, foi um show incrível!


Isso me fez pensar que as pessoas que repudiam esses profissionais são amargas por natureza e não têm mais cura. Fez-me pensar que – assim como o RuPaul fala o tempo todo no reality – qualquer rapaz que tenha coragem de sair vestindo uma peruca e saltos altos na rua é um herói e merece nosso respeito.

Você não precisa se vestir como eles, eu mesma não teria coragem, não há necessidade de mudar sua forma de viver para aceitar esse tipo de profissional no mundo, mas repudiar é outra coisa. Eu não sou homossexual e não pretendo ser, mas respeito quem é e gostaria de viver em um mundo onde eles fossem reconhecidos como qualquer outra pessoa.

Vou dizer, quando isso acontecer, o mundo será mais colorido e alegre! Acredite, veja o reality e você vai entender que essa leveza toda que eles têm não pode ser prejudicial para ninguém nessa vida.

3 comentários

  1. Admiro a coragem delas e pela felicidade vale qualquer coisa. Bjos

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  2. Admiro a coragem delas e pela felicidade vale qualquer coisa. Bjos

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  3. Tomara que esse programa ajude a diminuir o preconceito contra as drags, Camila. Já está mais do que na hora. Beijos!

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