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Essa foi uma leitura deliciosa e leve. Cheia de reflexão, divertido e em certos momentos emocionante, mas de leve mesmo. A obra conta a história de Sarah, uma garota atípica que tem como melhor amiga uma planta – chamada Planta – e vive com o pai, que é alcoólatra.
Sarah tinha dois anos quando sua mãe tentou mata-la afogada e por isso ela e seu pai vivem se mudando de cidade, pois não querem que as pessoas saibam quem eles são. O caso é muito famoso e eles são perseguidos por repórteres o tempo todo.
A mãe acabou internada em um hospital psiquiátrico e o pai se isolou emocionalmente deixando-a totalmente sozinha na vida e isso fez dela o que ela é – Uma garota genial, criativa e muito solitária.
É engraçado como eu não sabia que era só um monte de peças soltas até que alguém me abraçou forte”.
Sarah ainda tem uma particularidade bem interessante: Por saber que alguns assuntos são proibidos em sua família, ela mantem dois diários, um que fica “escondido” quase a vista de quem o procure onde ela escreve coisas de adolescentes que vivem uma vida normal. Ao mesmo tempo mantem outro diário realmente escondido onde ela escreve o que sente de verdade. Seus medos e dúvidas e é nesse que ela é verdadeiramente genial.
Sua vida caminha lentamente com seus sonhos de dar o primeiro beijo em um rapaz e de ter mais amigos, de crescer linda e ser logo uma mulher enquanto tenta bolar um plano para fugir da escola no próximo ano, pois sabe que terá que fazer um trabalho detalhando sua árvore genealógica e dessa forma todos saberão que ela é.
O nome do meu irmão é Simon. Só eu estou aqui, viva e contando mentiras. Minha mãe não está morta, só em isolamento. Meu pai bebe. Tenho dois diários. Converso com uma planta. Tenho medo de fazer um trabalho de árvore genealógica e estou tentando imaginar um jeito de pular o sétimo ano”.
Um dia um professor passa para a sala de aula um trabalho a qual cada aluno deve escrever uma carta para alguma personalidade e ela escolhe ninguém menos do que Atticus Finch – Personagem literário de “O Sol é para Todos”. A partir daí é com ele que ela fala sobre seus medos e desejos. Atticus se torna uma espécie de pai para ela e é bem emocionante sua relação com ele.
Um detalhe bacana dessa obra é o lado infantil de Sarah, ela é uma garota em franco crescimento, mas ainda conserva um ar de criança aflorado tornando a narrativa muito delicada e leve.
Amores, amizade, loucura, alcoolismo, família, puberdade são os temas centrais desse livro muito fofo que li em um dia apenas. Vale a pena conferir.
Interessante... Queria conhecer a Sarah. Fiquei com tanta pena dela...
ResponderExcluirBjs
Dar leveza a uma história assim não é fácil, Camila. A autora deve ser fera. Beijos!
ResponderExcluirAh, esse livro... Li ano passado e se tornou um dos favoritos, não tenho palavras para expressar o que senti com essa leitura. Livro lindo, personagem linda... Gostaria de ter tido um pouco da esperteza e a mente clara da Sarah durante minha infância. Também li super rápido.
ResponderExcluirAdorei seu texto.
Beijos beijos,
Gaby.
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