Então eu encontrei um leitor tão maluco quanto eu e como não
pude comprar o livro da Editora Dark Side: Serial Killers, anatomia do mal, o
convidei para resenhar aqui no meu blog. Eu estou falando do Rodrigo Shepard,
meu amigo de leitura, viciado em Stephen King e história de terror. Algo me diz
que vocês o verão aqui outras vezes, mas por enquanto, fiquem com uma pequena
resenha que ele preparou para o Blog Vida Complicada:
Livro no SKOOB |
“De todas as criaturas já feitas, o homem é a mais detestável. De toda a criação, ele é o único, o único que possui malicia. São os mais básicos de todos os instintos, paixões, vícios – os mais detestáveis. Ele é a única criatura que causa dor por esporte, com consciência de que isso é dor” ( Mark Twain) Pag 6
O assassinato em série sempre foi um dos temas mais notórios para mídia, seja ela criminal ou ficcional. As manchetes sobre mortes de inocentes sodomizados, torturados e mortos por psicopatas, são a receita certa para quebrar a percepção seletiva de qualquer pessoa. Antes mesmo do surgimento da impressa, ou mesmo da criação do termo “serial killer”, cidadãos cumpridores da lei já tinham uma curiosidade mórbida sobre o assunto e lotavam ruas e praças para assistir a execução por enforcamento de algum monstro infame assassino e molestador de crianças.
No livro de não ficção “Serial Killers – Anatomia do mal”, do escritor norte americano Halrod Schechter, professor de historia e cultura americana, além de especialista sobre o tema, nos convida a fazer um tour pelas mentes desses maníacos homicidas. Previamente digo que este livro não é recomendado a leitores frágeis, pois o autor não poupa os detalhes mais sórdidos para transparecer o máximo de realidade possível.
A obra faz jus ao titulo “Anatomia do mal”, pois é feita uma verdadeira dissecação sobre o tema, partindo do capitulo “O que significa” e indo até “O serial Killer na cultura pop”. Para exemplificar o tema, o autor usa de diversas ferramentas para contextualizar o leitor, apresentando uma rica coletânea de informações, como estudos de casos reais, perfis psicológicos e textos históricos, tendo também como destaque um generoso acervo gráfico de fotografias e ilustrações (macabras) que contribuem ainda mais para experiência.
De forma gradual vamos afundando no lodo escuro e viscoso que é a mente humana, conhecendo as motivações, traços psicológicos, perversões sexuais e métodos de assassinato (o famoso modus operandi) de uma gama gigantesca de assassinos diferentes, categorizados por diversas nomenclaturas, como os Assassinos em Massa (aqueles que cometem vários homicídios em um curto espaço e período de tempo) e os terríveis: Barba azul (o que seria a versão masculina das Viúvas negras).
Usando de uma escrita primorosa o autor consegue envolver e evocar emoções, mesmo em uma obra de não ficção. É impossível ler as descrições criminais sem se comover com o destino das vitimas e enojar-se com a frieza doentia dos assassinos.
E meio a tanto sangue e desgraça fica difícil pautar um momento de clímax no livro, no entanto acredito que o ponto alto foi um capitulo nomeado “Galeria do mal, 10 monstros americanos”, neste capítulo o autor dedica um espaço especial aos Serial Killers mais notórios dos últimos séculos. Monstros que mesmo em uma categoria bizarra conseguiram se destacar deixando marcas na historia criminal e também na cultura pop.
Entre eles citarei dois:
Edward Gein, o necrófilo fazendeiro que tinha em sua casa utensílios domésticos feitos a partir de pedaços humanos, caso que posteriormente serviu de inspiração para o filme Psicose, baseado no romance do Robert Bloch, que tinha certa curiosidade pela historia de Ed. Gein;
Albert Fish, canibal e molestador de crianças, este monstro envelheceu cometendo atrocidade inconcebível, difícil até mesmo de relatar sem embrulhar o estomaga do leitor mais calejado sobre o assunto.
A verdade é que não importa o quanto a indústria do entretenimento se esforce na criação de monstros, pois o pior sempre foi e será o próprio ser humano.
Oi Camila,
ResponderExcluirQuero muito ler este livro. Obrigada pela resenha do Rodrigo.
Bjs
Imagem forte do gordo mexendo nas crianças ai que medo rs...
ResponderExcluirbjokas =)
A ficção só consegue "endeusar" os psicopatas açucarando-os, criando um lado "coitadinho", "heroico", "engraçado" ou "romântico". Pena que, de fato, eles não sejam nada disso. Ótima resenha, Rodrigo! Abraços pra você e pra Camila!
ResponderExcluirOi Camila... eu tenho até medo de ler um livro desses, pois sabemos que a vida real é bem pior do que a ficção... beijosss!!!
ResponderExcluirNossa....Confesso que tenho essa curiosidade mórbida também de saber quem e com foram os assassinatos. Ótima resenha! Parabéns pelo novo agregado ao blog Cah :)
ResponderExcluirGosto de ler sobre mentes, temperamentos e desajustes, mas acho que este é um livro que eu não conseguiria encarar.
ResponderExcluirBom resenhista o Rodrigo! Abraço pra vocês :)
Gosto de ler sobre mentes, temperamentos e desajustes, mas acho que este é um livro que eu não conseguiria encarar.
ResponderExcluirBom resenhista o Rodrigo! Abraço pra vocês :)
Camila, eu adoro assistir programas policiais. Adoro CSI e Criminal Minds, principalmente, mas há episódios que me deixam realmente chocada e levo dias pensando. E olha que lá é ficção. Então, acho que esse livro não me faria bem... hhahahhha... embora tenha ficado tentada.
ResponderExcluirBjs
www.digoporai.com