Sinopse: Novela de terror inspirada na vida da condessa húngara Erzébet Báthory, condenada pelo assassinato de 650 jovens mulheres com requintes de crueldade. Vários dos tormentos aos quais as jovens foram submetidas são descritos no livro.
Primeira obra da autora publicada no Brasil. Posfácio de João Silvério Trevisan (autor de Ana em Veneza e Devassos no Paraíso). Ilustrações do argentino Santiago Caruso.
Classificação
Que livro sangrento mesmo. A edição da obra contribuiu e muito com isso e as ilustrações, do Santiago Caruso, são incríveis e apavorantes. Mas essa personalidade não seria tão bem retratada sem tudo isso.
A obra é uma novela de terror que conta as barbáries cometidas por uma condessa húngara que viveu de 1560 a 1614. Sim, ela existiu e deveria ter aparecido aqui no blog no mês do Horror!!! (#falhaNossa). Desde sua descrição até o castelo em que Erzébet Báthory vivia, grita MEDO!
Castelo de pedras cinza, escassas janelas, torres quadradas, labirintos subterrâneos, castelo localizado na colina de rochas, de ervas ralas e secas, de bosques com feras brancas no inverno e escuras no verão, castelo que Erzsébet Báthory amava por sua funesta solidão de muros que afogavam qualquer grito”.
Conhecida como "A condessa sangrenta" ou "A condessa Drácula", buscava em seus mais de 600 assassinatos a beleza eterna. Queria ser imortal e jovem e para isso se banhava em sangue e assumia o papel da própria morte.
Ao matar, busca um marco de eternidade: a morte não pode morrer”.
Os métodos de tortura, usados pela condessa são meticulosamente descritos nesse livro, com um tom meio poético e de alguma forma, ressaltando o “belo” que a própria via. Sua posição social era de destaque. Muitos não acreditavam que ela era capaz de realizar tais atrocidades e por isso, viveu impune por anos.
Como Sade em seus escritos, como Gilles de Rais em seus crimes, a condessa Báthory alcançou, para além de todo o limite, o último fundo da depravação. Ela é mais uma prova de que a liberdade absoluta da criatura humana é horrível”.
Na realidade, Erzébet Báthory sofria de melancolia, que na época era descrito como se a pessoas fosse possuída pelo demônio. Nos dias de hoje, a diagnosticaríamos como psicopata ou maníaca depressiva. O que não justifica seus atos, mas é interessante entender o que a história via e como a medicina classifica hoje o que pensavam ser chagas do demônio antigamente.
Assim viveu mais de três anos, quase morta de frio e de fome. Nunca demonstrou arrependimento. Nunca compreendeu por que a condenaram”.
Tem um detalhe que eu gostaria de ressaltar, porque me deu arrepios só de imaginar: A condessa usava velhinhas para lhe ajudar nas torturas. Eram elas que traziam as moças e os instrumentos para serem usados. Imaginem velhinhas do mal?!! (#MortaDeMedo)
Suas velhas e horríveis criadas são figuras silenciosas que trazem fogo, facas, agulhas, atiçadores; que torturam moças, que depois enterram”.
Muito se fala também sobre sua sexualidade. Algo que . na época, não era tão comentado. Sabe-se apenas que entre suas vítimas só existiram mulheres. Além de seu marido, Erzébet Báthory nunca se relacionou com homem algum e até seus ajudantes eram do sexo feminino (as malditas velhinhas o.O)
Nossa que livro terrível. Tem menos de 100 páginas e muitas figuras, dá para ler em uma tarde, tranquilamente, mas mesmo assim é uma leitura que não passará desapercebida. Mesmo porque a louca da condessa existiu de verdade e isso – pelo menos para mim – já basta para ficar marcado na memória.
Cara, como a humanidade é podre né?
Nossa :O Camila, só com a sua resenha já arrepiei aqui! Que horror! Mesmo sendo sobre coisas terríveis, anotei aqui pra ler (depois se eu tiver pesadelos vou vir aqui reclamar com você hahaha).
ResponderExcluirBeijos.
claramenteinsana.com
Nossa, flor...
ResponderExcluirTem que ter muita coragem viu? haha
Acho que nunca li nada do gênero, meu coração é fraco kkkkk
Beijinhos :*
Sankas Books
Camila! Eu já tinha lido alguma coisa sobre essa mulher, nesses sites que falam sobre serial killers, terror e etc e fiquei muito na vontade de ler esse livro. Achei legal essa ideia mais romantizada da coisa, querendo mostrar o lado dela mesmo - nesse caso sendo visto como uma personagem. Mas não deixa de ser creepy.
ResponderExcluirBeijos
SIL ~ Estilhaçando Livros
Oi, Camila! Já ouvi falar dessa novelita gótica sobre a lenda da Báthory. Feliz ou infelizmente, boa parte é só isso: lenda. A mulher existiu mesmo e tratava os empregados com sadismo (comportamento comum entre senhores de terras, na época). Acontece que o próprio rei lhe devia dinheiro. Então foi armado um julgamento para lhe tomar todas as propriedades. A ré foi proibida de comparecer. Condenaram-na sem provas. As bobagens sobre os banhos de sangue foram inventadas por um padre, 100 anos após a morte da condessa. Beijos!
ResponderExcluirOi
ResponderExcluirApesar das poucas páginas que você falou, parece ser um livro pesado
e nossa a mulher vive de verdade e que coisa macabra e mesmo assim eu me interessei pela leitura, deve ser legal ler ele e pelo menos você curtiu.
momentocrivelli.blogspot.com.br
Oi Camila,
ResponderExcluirLeria pela curiosidade sobre, as ilustrações são espantosamente boas.
E já vi gente pelo facebook usando o nome dela =x
tenha um ótimo final de semana.
Nana - Obsession Valley
Oi Camila!
ResponderExcluirA Humanidade é podre mesmo!
Acho que não teria a coragem de ler esse livro, pois sempre que vejo velhinhas eu imagino que elas são más, dá pra acreditar? o.O
Estou encantada com sua resenha!
Beijos
http://mileumdiasparaler.blogspot.com.br/