Porque esse título? Porque acho que qualquer pessoa que pertença a uma
classe de MINORIAS encara sua situação como castigo ao menos uma vez na vida.
Eu sou defensora dessas pessoas que são discriminadas porque não são
brancas ou talvez porque não são magras (eu faço parte dessa última). Ou
quem sabe por que são magras demais! Ou pobres demais. Ou até mesmo brancos
demais...
O ser humano não aprendeu, em tantos anos de existência, a
conviver com diferenças. Então imaginem lidar com pessoas que AMAM outras do
mesmo sexo!
Sexo ainda é tabu!
Ainda existem pessoas que condenam o preservativo! Ainda existem pessoas
que discriminam uma mulher que faz sexo demais e enaltecem o homem pela mesma
medida! Ainda existem pessoas que menosprezam quem faz SEXO DE MENOS! Não temos
saída, alguém me envie as regras desse jogo!
A palavra SEXO assusta muita gente ainda e por incrível que pareça faz
os posts ligados a esse assunto chegarem a números astronômicos de visitas! Bom
pra mim, mas...
Se o simples fato de escrever a palavra HOMOSSEXUALISMO aqui no meu blog
já me torna um blog mais visitado, porque ainda temos tanto preconceito.
E porque estou dizendo isso? Porque conheci um cara que luta pelos seus
direitos escrevendo livros!
Preciso dizer que o amo ainda mais?! Livros?!!!
Fabrício Viana é autor do livro O ARMÁRIO que trata exatamente sobre a
homossexualidade e é também nosso parceiro do blog! Foi o primeiro livro
gay que eu li na vida, depois dele veio um de vampiros gays, mas isso
não vem ao caso, e achei fantástico.
A obra é dividida em duas partes.
A primeira conta sua própria história desde quando percebeu que gostava
de rapazes e não de garotas, passando pela luta que é contar tudo para sua
família - o que eu calculo que seja uma das piores. Fala sobre rejeições e
tristezas, mas também sobre descobertas agradáveis até os dias de hoje como um
homem bem resolvido com sua orientação.
A segunda parte é mais sociológica e técnica, mostrando a historia
da homossexualidade desde os primórdios do homem até a atualidade. Fiquei super
curiosa e adoraria ler mais sobre isso, o homem tem certos costumes que de
tempos em tempos é tachado como ERRADO, mas que inevitavelmente voltam a
tona.
Sério, é um livro muito informativo e interessante que me fez refletir demais.
Eu que convivi com amigos que se afastaram por serem homossexuais, mesmo
sabendo que eu jamais os julgaria. Que senti raiva por ter apoiado tanto e ter
parecido tão pouco na época, pude aprender um bocado com essa leitura.
Sexo precisa ser mais discutido para que um dia se torne algo normal.
Gostar do mesmo sexo não é crime e você que faz parte de uma minoria, tem tudo
a ver com isso, mesmo sendo heterossexual.
Eu disse isso porque me lembrei de uma historia MUITO INTERESSANTE que
vi na TV há algum tempo. Infelizmente não lembro quem disse, mas foi mais ou
menos assim:
Um rapaz que almoçava em uma praça de alimentação, termina sua
refeição e pega seu lixo para deixar a mesa limpa para o próximo.
É meio dia e o local está cheio, ele só quer ser prestativo, então
levanta apressado com tudo nas mãos, mas assim que fica de pé escuta alguém
gritar atrás dele:
- Bichinha!
Ele não liga. Já está acostumado com esse tipo de insulto e mesmo
chateado resolve deixar para lá, mas escuta novamente a mesma voz:
- Ei viadinho! Além de bicha é surdo?
A fúria ferve dentro dele, que é gay sim, mas que respeita o próximo e
merece respeito também. Se a pessoa que lhe grita essas palavras ásperas
soubesse o quanto machuca ser discriminado, provavelmente se retrataria.
E sem pensar vira-se para trás a fim de jogar a bandeja com seus restos
sobre o homofóbico que o agride, mas assim que o vê, fica imóvel.
É um negro que lhe ofende!
- Esse provavelmente nunca vai aprender nada na vida! - Ele pensa e vai
embora.
Complicado né? E nesse sistema de preconceitos, onde cada um acha que o seu estilo é o mais certo vamos nos ilhando e deixamos de evoluir.
Com tanta coisa mais seria para nos preocupar e ficamos implicando com
pessoas que só querem ser feliz?! Não tem lógica, concordam.
Esse livro que colocou para pensar e isso já adiciona um ponto a mais na
leitura. O Fabrício é hoje um amigo querido e muito bem humorado que ainda se
espanta ao ver MULHERES HETEROSSEXUAIS se interessando pelos seus livros!
Ele "Saiu do Armário" e resolveu escrever sobre isso para
mostrar o que ninguém vê. Tenho certeza que sua obra ajudou e ainda vai ajudar
muitas pessoas presas em seus "Armários" e eu acho isso fantástico da
parte dele!
Adoro isso! Adoro ser assim! Adoro pessoas que pensam diferente de mim!
Adoro livros que me ensinam!
Siga o escritor no twitter: @FabricioViana |
A obra é um apanhado de contos eróticos gays!!! Ele está mandando um pro
blog e essa será uma experiência bem nova para mim. Depois eu conto como foi! (rs)
É isso aí, gente! Mente aberta e pronta para aprender sempre. Assim
sobra mais tempo para lutar pelos nossos direitos, que é o que realmente
precisamos fazer!
Que post mais lindo! Obrigado minha querida por tantas palavras gentis. Me fez lembrar do momento que escrevi o livro O Armário. Naquela época não tinha interese algum em ser escritor. Na verdade, nunca pensei nisso. Talvez por isso ele não seja, de fato, tão literário (e totalmente informativo, o que me levou para diversos programas de TV). Porém, o sucesso dele foi tão grande (principalmente dentro da comunidade LGBT - lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) que eu comecei a pensar em seguir essa carreira de escrita. E aprendo dia a dia. Por não ser tão literário, não fico "zanzando" em blogs de escritores. Mas alguns deles me conquistaram naturalmente. E este é você. Sua pessoa. Seu lado escritora e marketeira. Logo mais tem resenha do seu livro no meu blog também. Devo lançar o terceiro livro agora em Maio. Depois ficarei mais sossegado. E sim, este post vai bombar. Não por que o tema é ainda polêmico, mas sim porque falta pessoas sérias e corajosas em ajudar a divulgá-lo e falar corretamente dele. Que foi o que você fez agora. Sucesso sempre. Beijão, Fabrício.
ResponderExcluirUm tema interessante que daria pano pra mangas ,mas apenas vou dizer deve-se acima de tudo respeitar as diferenças sejam elas quais forem ,num mundo onde existem tantas diferenças sejam elas de cariz sexual ,religioso ,racial etc etc ,devemos aprender a conviver uns com os outros acima de tudo ,todos diferentes todos iguais beijinhos Camila
ResponderExcluiroi Camis,
ResponderExcluiras diferenças e as preferências sempre existiram e vão continuar existindo,
sei que para muitos não é muito fácil aceitar,então apenas respeite,
já é o bastante,
e não atinge nem fere ninguém...
beijinhos
Ótimo post, Camila! Aos poucos, a sociedade vai aprendendo a respeitar os gays. Logo conseguirá vê-los como pessoas comuns. Já estava mais que na hora. Parabéns pro Fabrício e pra você! Beijos!
ResponderExcluirObrigado Carla! :-)
ExcluirCamila, que post maravilhoso!
ResponderExcluirE o livro deve ser ótimo também. Infelizmente sexo ainda é tabu e causa muito burburinho. Todo mundo condena, todo mundo discrimina e todo mundo gosta de ler sobre o assunto. O prazer é um tabu... é estranho, né? (esse "todo mundo, sem generalizar, tá?)
Um beijo e ótima semana!
Oi Camila, a humanidade ainda precisa aprender um dos mais básicos sentimentos: o respeito, por qualquer pessoa, credo, gosto, opção, o que for... estamos longe ainda, muito longe... abraços ao Fabrício que teve esta iniciativa e coragem... beijosss!!!
ResponderExcluirGostei de verdade do Fabrício, sabe quando da vontade de conhecer aquela pessoa para sentar e conversar? É assim.
ResponderExcluirMuito bom o seu post vai aguçar a mente e o coração de muita gente
Bjs
Mente aberta é a expressão mais adequada mesmo Camila, somente os ignorantes repudiam a opção sexual de outras pessoas.
ResponderExcluirBeijos
Oi amiga, gostei muito do post! Seria maravilhoso se houvesse mais gente que pensar como você no mundo!
ResponderExcluirQue a alegria da Páscoa invada o seu coração e o daqueles a quem ama, irradiando luz para iluminar e fazer brilhar o mundo em que vivemos, enchendo-o de amor, saúde e paz.
Feliz Páscoa!
Sério que existe a denominação "livro gay"?
ResponderExcluirEssa coisa do preconceito é complexa demais e parece entranhada nessa sociedade com requintes de hipocrisia. Tudo pode da porta pra dentro. Se a pessoa expressa o seu jeito de amar, que é diferente do meu, então devo odiá-la? Odiar é feio e retrógrado. Preconceito é idiota demais.
Mas, mesmo com essa carga de preconceito, o Fabrício pode viver livremente o que ele quiser, é uma pena que pra isso tenha que ser mais corajoso e forte que os outros homens.
Quanto ao moço negro que chamou o menino de bichinha, acho que as minorias não estão necessariamente irmanadas a ponto de defenderem umas as outras. Até porque os negros não são minoria nesse país misturado, né?
Eu como tenho pouca paciência pra levantar bandeira e brigar pelo que eu nem sei, sigo minha vida levando minhas muletas de minoria e foda-se as pedras no meu caminho. De um jeito ou de outro, eu as empurro pro lado.
Beijo, Camila.
Gostei... puxa muito pra psicologia.... Já estou seguindo e gostando do blog
ResponderExcluirBeijos
aprendendocuriosamente.blogspot.com
Já li esse livro e realmente é muito bom! Faz toda a diferença na vida de homossexuais que ainda estão se descobrindo ou de famílias que não sabem como reagir por causa da orientação sexual do filho. Conhecimento nunca é demais!
ResponderExcluirAbraços