Um dos livros mais assustadores que li esse ano e olha que nem é obra de suspense. Penso que distopias me assustam mais do que terror hoje em dia, porque parecem tão reais e próximas de se tornarem realidade!
Sinopse: Imagine uma época em que os livros configurem uma ameaça ao sistema, uma sociedade onde eles são proibidos. Para exterminá-los, basta chamar os bombeiros - profissionais que outrora se dedicavam à extinção de incêndios, mas que agora são os responsáveis pela manutenção da ordem, queimando publicações e impedindo que o conhecimento se dissemine como praga. Para coroar a alienação em que vive essa nova sociedade, as casas são dotadas de televisores que ocupam paredes inteiras de cômodos, e exibem "famílias" com as quais se pode dialogar, como se estas fossem de fatos reais.
Este é o cenário em que vive Guy Montag, bombeiro que atravessa séria crise ideológica. Sua esposa passa o dia entretida com seus "parentes televisivos", enquanto ele trabalha arduamente. Sua vida vazia é transformada quando ele conhece a vizinha Clarisse, uma adolescente que reflete sobre o mundo à sua volta e que o instiga a fazer o mesmo. O sumiço misterioso de Clarisse leva Montag a se rebelar contra a política estabelecida, e ele passa a esconder livros em sua própria casa. Denunciado por sua ousadia, é obrigado a mudar de tática e a buscar aliados na luta pela preservação do pensamento e da memória.
A história é bem simples e foi resumida muito bem nessa sinopse, então agora vamos falar da escrita do autor. Aliás, pretensão minha querer tecer alguma crítica a um dos mestres da ficção científica, certo? Ray Bradbury arrasta multidões de fãs pelo mundo e essa obra é seu grande destaque (em minha opinião).
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Ray Bradbury |
Sua forma de descrever as coisas, mesmo as mais assustadoras, é tão poética que encanta e faz o leitor reler parágrafos de forma sistemática. Fiz inúmeras marcações em um livro de 200 páginas!
Aliado a isso temos a construção dos personagens que é bem bacana também. Montag e Clarisse possuem poucas conversas no começo do livro, mas são incríveis, ao ponto de te fazer parar a leitura por alguns segundos para pensar e absorver tudo aquilo.
Agora o ponto alto do livro foram mesmo as críticas à sociedade e o motivo pelo qual os livros começaram a ser queimados e proibidos. É algo tão contemporâneo que diversas vezes ergui os olhos do livro para contemplar, com dor no coração, minha própria biblioteca. Como se fosse possível que, algum dia, alguém pudesse entrar ali e queimar tudo. É angustiante.
É um livro que você não consegue passar dois dias lendo. 24 horas é mais do que suficiente. É difícil parar. Como já disse, tem menos de 200 páginas e a trama vai te arrastando sem que possa perceber. Sei que ficção científica não é muito “minha praia”, mas a escrita de Ray Bradbury é, portanto quem sabe não me arrisco mais vezes no gênero, né?! Acho que vale a pena.
Agora sobre o filme.
A adaptação de 1966, dirigida por Truffaut é simplesmente péssima (rs). Me desculpem os fãs do cineasta, mas não consegui chegar ao final do filme. É muito ruim em um nível assustador. De qualquer forma, muitas coisas foram mudadas e não consegui engolir, de forma alguma, essas mudanças e muito menos as interpretações. A trilha sonora é bizarra também! #Medo
Novidade!
A grande novidade é que esse ano (2018) será lançado outra adaptação, agora com direção de Ramin Bahrani, o qual não conheço absolutamente nada, mas que conta com um elenco bem bacana. #Oremos
Ficamos na torcida, né? Uma obra tão importante e tão profunda merece uma adaptação à altura.
Vai ter adaptação nova!? Oba! Valeu, Camila! Quanto ao Ray Bradbury, concordo com esse clip: https://www.youtube.com/watch?v=e1IxOS4VzKM
ResponderExcluirPode assistir. Tem palavrão? Tem. Tem sexo? Um tiquinho, simulado, mas tem. Acontece que é muito legal. :) Bem-vinda de volta à blogosfera!
Querida amiga ,muitos beijinhos felicidades
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