Biografia Express: Edgar Allan Poe

Quero contar um pouco sobre a vida de um dos maiores (se não o maior) escritor de terror do mundo: Edgar Allan Poe. Será bem "express", mas será bem elucidativo quanto ao teor de tudo que ele escreveu durante sua vida. 

Antes de tudo: Eu sei que existem biografias controversas quanto a vida desse escritor tão importante, acredito mesmo que esta que estou publicando pode contar algumas informações não verificadas, mas uma coisa é inegável: A vida desastrosa dele contribuiu - e muito - para a criação da sua obra e isso está presente em TODAS as biografias já lançadas.


A vida imita arte ou a arte imita a vida? 


Edgar amou, ainda muito jovem. Ela, Helena, uma mulher mais velha recebeu o primeiro poema escrito por ele na vida e acabou correspondendo a essa paixão. O poema se chamava "Para Helena"

Infelizmente Helena acabou falecendo e essa foi a primeira vez que Edgar entrava em contato com a morte. Logo depois, perdeu a mãe também a logo em seguida, foi adotado. 

A morte o visitou novamente e levou sua mãe adotiva, deixando para trás um pai adotivo que não gostava muito dele. Mas Edgar era brilhante e por isso foi para faculdade. Lá, se apaixonou novamente e foi correspondido, novamente. 

Mr. Poe, seu garanhão! 

Nessa época, por conta da recusa de seu padrasto em aceitá-lo como filho, vivia endividado e essa constante dificuldade o levou a beber. Beber muito. Sua má fama se alastrou e os pais de sua amada, revoltados com essa má influência, deram um jeito de acabar com o romance. 

Edgar foi obrigado a voltar para casa por conta de suas dívidas. Falido e com o coração partido, viu-se mais uma vez rechaçado pelo pai adotivo e sem rumo, alistou-se no exército. Esse período serviu de inspiração para ele escrever "O Escaravelho de ouro" anos depois. 

Nessa época, Poe tentou (inutilmente) uma reconciliação com o pai de criação e conseguiu dele apenas uma amarga e breve carta de recomendação. Munido de várias outras cartas mais calorosas de seus superiores, partiu para Washington, onde morou a maior parte do tempo em Baltimore. 

Recebia de seu pai, pequenas somas de dinheiro que mal o sustentava e foi nesse período que Poe foi roubado por um primo e precisou pedir abrigo à uma tia, chamada Maria Clemm (irmã de seu pai). Lá reencontrou seu irmão e conheceu uma prima, Virgínia Clemm que mais tarde seria sua esposa. 

Nesse período tentou se fazer mais conhecido como escritor e produziu o manuscrito "Al Aaraaf". Entre idas e vindas, voltou para Baltimore, mais ou menos na época em que seu irmão morreu. Vivendo em extrema pobreza, escreveu seu único drama chamado "Policiando". 

Nessa época também recebeu seu primeiro prêmio (50 dólares) em dinheiro pelo conto "Manuscrito encontrado numa garrafa" o que lhe alavancou a carreira. 

Poe perdeu seu cargo por causa da bebida. Voltou para Baltimore, casou com sua prima Virgínia Clemm e depois de implorar por outra chance, conseguiu o emprego novamente. De volta ao cargo, cresceu como crítico literário e publicou diversos contos que o tornou ainda mais conhecido. 

Então. Mais uma vez com problemas alcoólicos, Poe - que não servia para receber ordens - perdeu o emprego. Mudou pra Nova York e depois para Filadélfia. Ali trabalhou como editor de uma revista e investiu em seus contos. Foi nessa época que apareceu o famoso conto "A queda da casa de Usher"


Cresceu e tornou-se sócio da revista. Escreveu "Os crimes da rua Morgue" e "Escaravelho de ouro". O problema foi, novamente, a bebida, que o fez perder o emprego. Junto disso, sua esposa estava tuberculosa e Põe se entregou ainda mais ao álcool. 

Novamente miserável, voltou para Nova York e foi morar em um abrigo e escreveu "A Balela do Balão". Mas sua esposa estava com a saúde muito debilitada, então Poe resolveu mudar para o campo e lá escreveu o tão famoso "O corvo". Este foi um pequeno período de tranquilidade para ele. 

Em 1847, sua esposa morreu e Poe demorou a se recuperar. Foi com a ajuda de Maria Clemm que ele se reergueu e escreveu "Eureka", mas a bebida estava cada vez mais presente em sua vida. 

O fim da sua vida foi marcado pela publicação dos seus poemas mais famosos: "Os Sinos", "Annabel Lee" e outros. Apaixonou-se novamente, mas o álcool o acompanhava sempre é no dia 7 de outubro de 1849, morreu entre delírios. 

"Please, Lord, help my poor soul!". 

Morreu, miserável e tragicamente, assim como viveu a vida toda. Dá para entender como seus contos e poemas são regados com muito amor e morte, né? Poe foi brilhante, mas não teve força suficiente para deixar o álcool. 


3 comentários

  1. Oi, Camila.
    Parabéns pelo texto. É, Poe, não nasceu para receber ordens, assim como eu. Aliás, temos coisas em comum, uma das exceções, claro, é o talento incomparável do escritor. Cada conto melhor que o outro.
    Tudo de bom!

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  2. Que vida trágica! Muito bom ficar sabendo disso! Por traz de um gênio sempre há episódios nefastos.
    Beijos e uma excelente semana!
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  3. E, pra melhorar, Camila, alguns pesquisadores afirmam que, pelos sintomas de sua morte, a causa teria sido raiva contraída de algum animal infectado. Eu, hein! O infeliz se mata de beber a vida inteira e morre sem poder beber nada. Deus nos livre!

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